Para começar um negócio, ou expandir uma empresa já existente, um item é fundamental: recursos financeiros. Existem muitas formas de obter esse aporte. Neste artigo, vamos conhecer as principais fontes de financiamento e fontes de fomento para qualquer tipo de organização.
Vamos lá?
O que são fontes de financiamento?
Fontes de financiamento são oportunidades de obter capital adicional, na maioria das vezes de origem externa à organização. Geralmente, as fontes de financiamento estão vinculadas a bancos, investidores, agências ou governos.
Não há uma resposta única para a pergunta: qual a melhor fonte de financiamento? Em realidade, essa resposta vai depender do cenário particular da sua empresa, do projeto que será financiado, dos objetivos de curto, médio e longo prazo da organização, e da capacidade de retorno de investimento estimada.
Aqui, apresentaremos algumas das principais opções para empresas brasileiras. Mas, antes, é importante explicar a diferença entre fontes de fomento e fontes de financiamento.
Qual a diferença entre fontes de financiamento e fontes de fomento?
Os termos “fonte de financiamento” e “fonte de fomento” muitas vezes são utilizados como sinônimos, mas a verdade é que eles não são a mesma coisa. Ambos dizem respeito à obtenção de recursos financeiros. Mas há uma diferença de objetivos bastante clara.
- Fontes de financiamento: permitem obter capital para novos negócios ou produtos, expansão de mercado, aumento da produção, entre outros objetivos.
- Fontes de fomento: também são fontes de capital, mas neste caso costumam ter objetivos específicos, como o desenvolvimento de uma nova tecnologia, de projetos de inovação ou, até mesmo, vão exigir algum retorno para a sociedade.
Se o projeto de expansão ou desenvolvimento da sua empresa, ainda que tenha um caráter comercial, é capaz de gerar algum ganho ou benefício social ou ambiental, é possível que você consiga obter capital para financiá-lo a partir de uma fonte de fomento.
Por isso, independentemente do seu objetivo, é fundamental manter em mente, pesquisar e considerar as duas opções – financiamento e fomento.
Por que ter fontes de financiamento é importante?
Fazer investimentos na empresa vai permitir que você expanda a produção, aumento sua margem de lucratividade, torne o negócio mais sólido e perente, entre tantas outras vantagens. As fontes de financiamento são importantes porque nem sempre é possível fazer esse investimento apenas reinvestindo os lucros que a empresa tem gerado.
Assim, as fontes de financiamento são oportunidades de dar um salto de crescimento, escalar o negócio e acelerar a jornada da empresa rumo ao sucesso.
Obviamente, qualquer financiamento externo traz consigo algum nível de risco. Por isso, é sempre importante ter um plano de negócios claro e estratégias de investimento bem definidas, para garantir que o capital obtido realmente será revertido em crescimento para a organização.
Principais fontes de financiamento para uma empresa
Agora que você já entendeu o que são fontes de financiamento, e qual a diferença delas para as fontes de fomento, é hora de conhecer as principais opções disponíveis no mercado. Veja a lista, e os prós e contras de cada uma delas.
– Empréstimos bancários
São os recursos financeiros obtidos junto à instituições bancárias – sejam elas públicas ou privadas. Para obter esses empréstimos, o empreendedor pode ser obrigado a apresentar garantias e, em todos os cenários, terá prazos de pagamento pré-definidos, além de juros a pagar.
Está é uma das modalidades mais fáceis para a obtenção de recursos. Porém, é importante pesar os juros sobre o pagamento do empréstimo, a taxa de retorno esperada com o investimento, e assim mensurar o risco dessa operação.
– Capital próprio
O uso de capital próprio é outra modalidade bastante comum no Brasil. Neste caso, a companhia utiliza recursos acumulados a partir da retenção de lucros ao longo do tempo.Ou seja, utilizada recursos de seu próprio caixa.
Outra forma de fazer financiamento com capital próprio é usando recursos de sócios ou acionistas, quando houver.
A grande vantagem dessa modalidade é a redução do endividamento – que acontece quando se usa capital externo. Porém, é preciso considerar que ao utilizar o caixa próprio, a organização pode acabar reduzindo seu capital de giro.
– Rodadas de investimento
As rodadas de investimento são comuns em empresas de crescimento rápido, como startups. Nesse modelo, a organização anuncia que está buscando aportes, e investidores externos podem então contribuir.
A contrapartida dada por quem recebe o investimento, neste caso, costuma ser uma participação societária na empresa. Com isso, fundadores e acionistas perdem parte do controle da organização.
Além disso, é importante lembrar que, para abrir essas rodadas, é preciso ter uma tese de investimentos atraente e consolidada.
– Investidores anjo
Investidores anjo são pessoas físicas que investem capital próprio em empresas incipientes, que ainda estão em fase inicial. O volume de capital não é extremamente elevado e, se o negócio der certo, o potencial de retorno é alto.
Além disso, é comum que os investidores anjo tornem-se mentores ou conselheiros dessas empresas, auxiliando na tomada de decisões do negócio. Eles tornam-se parte da composição societária da organização, portanto.
– Capital de risco ou Venture capital
O financiamento via Venture Capital é similar ao modelo de investidor-anjo. A diferença é que, neste caso, o investidor não é uma pessoa física, mas um conjunto de investidores ou um fundo de investimento.
Os venture capitalists trocam o investimento por participação societária na empresa. O objetivo deles é obter lucros expressivos com o boom da organização. Por isso, o capital de risco é uma forma de investimento adotada principalmente por startups ou empresas em fase inicial, com potencial de escalar rapidamente.
Uma pesquisa mostrou que, em 2024, foram investidos mais de US$ 816,8 milhões em capital de risco no Brasil. Então, embora essa modalidade ainda seja pouco conhecido por muitos empreendedores, ela precisa ser considerada.
– Crédito com fornecedores
O crédito com fornecedores é utilizado por empresas cujo processo produtivo é sólido e consolidado. Consiste em obter fornecimento – de matérias-primas ou outros itens utilizados na atividade-fim da empresa – com pagamento futuro.
Para apostar nessa forma de financiamento, a empresa tomadora de recursos precisa ter previsibilidade de produção, um sólido relacionamento com fornecedores, e uma margem de lucro considerável.
– Financiamentos coletivos
Os financiamentos coletivos, também chamados de crowdfunding, são uma forma de obter recursos financeiros por meio da contribuição de dezenas, centenas e às vezes até milhares de pessoas.
Eles se popularizaram no Brasil na medida em que ferramentas de financiamento coletivo virtual cresceram.
Porém, é importante lembrar, para que esse modelo seja exitoso, a empresa que busca financiamento precisa ter uma marca ou comunidade forte em torno de si. Caso contrário, não haverá adesão da coletividade.
Principais fontes de fomento para inovação em empresas
No Brasil, existem dezenas de agências de fomento que podem ser usadas como fontes de recurso para sua empresa.
Na maior parte dos casos, elas funcionam por meio de editais ou chamadas públicas. Ou seja, elas divulgam quais tipos de empresas, segmentos econômicos ou projetos são do interesse delas, e as empresas podem se cadastrar para receber recursos.
A depender do edital ou da fonte de fomento, é possível que os recursos sejam reembolsáveis ou não reembolsáveis. No caso desta última modalidade, a empresa não precisará devolver os recursos, apenas executar o que foi previsto e acordado.
Algumas das principais fontes de fomento no Brasil são:
- Finep
- Embrapii
- BNDEs
- FAPs (Fundações de Amparo à Pesquisa)
- CTG Brasil
Lembre-se de buscar junto ao seu estado ou município outros editais e fontes de fomento. É comum que cada região tenha iniciativas próprias, para além das grandes agências de fomento nacionais.
Ajuda para impulsionar o crescimento do seu negócio
Se você está buscando fontes de financiamento para expandir seu negócio, aumentar a produção e obter mais lucros, saiba que, antes de escolher uma modalidade ou fonte, é preciso organizar a casa!
O que isso quer dizer? Para tirar o melhor proveito do capital obtido, antes é necessário construir um sólido plano de negócios, fazer projeções financeiras, estruturar o caixa da sua empresa, e se preparar para expandir com responsabilidade, sem se endividar de forma crítica.
Para fazer isso, você pode contar com a ajuda dos especialistas da EJFGV. Já ajudamos centenas de empresas de todos os tamanhos a estruturarem planejamentos eficientes, e reorganização do departamento financeiro.
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Perguntas frequentes
Fontes de financiamento são pessoas, entidades, fundos ou empresas que oferecem oportunidades de obter capital financeiro, para começar um negócio ou expandir a atuação da organização.
São organizações que oferecem financiamento para projetos, pesquisadores, empresas e instituições, sem necessariamente visar o lucro. Geralmente o fomento é concedido com objetivos específicos, como o desenvolvimento de novas tecnologias, a melhoria da qualidade de vida de uma região ou a preservação do meio ambiente. As taxas de juro, carência e condições de pagamento costumam ser menos agressivas que no mercado privado.
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