Como funcionam as rodadas de investimento em uma empresa?

Nem sempre é fácil tirar boas ideias do papel, pois elas exigem muita dedicação e trabalho de seu idealizador. E, muitas vezes, o problema não é o conhecimento, as informações ou a estratégia, mas o capital para realmente lançar a ideia no mercado. A dificuldade em gestão financeira é comum, mas antes disso, ainda é preciso captar recursos para, de fato, investir. Por isso, as rodadas de investimento surgem como ótima alternativa.

É comum se pensar, antes de mais nada, em procurar empréstimos em bancos. Porém, a burocracia e os juros altos acabam tornando essa ideia pouco atrativa. Por isso, atrair investidores acaba sendo uma opção mais prática e eficiente.

Mas o que é uma rodada de investimento? O programa Shark Tank – Negociando com Tubarões, é um bom exemplo disso: um espaço de negociação, em que empreendedores chegam com uma boa ideia, apresentam dados sobre seu negócio e tentam convencer os potenciais investidores de que esse será um bom investimento (pitch). Ou seja, é necessário estar preparado! Do lado do investidor, injetar recursos é sempre um risco. Portanto, o empreendedor deve passar confiança e clareza no que está expondo.

 

Investidor anjo x Venture Capital

Primeiro, é importante diferenciarmos o que são investidores anjos e o que é Venture Capital. Segundo a organização Anjos do Brasil, o investidor anjo tem como característica principal a de serem pessoas físicas que investem capital próprio em empresas com potencial de crescimento. Eles não somente injetam o capital, como tem, normalmente, uma participação minoritária do negócio e também atuam como mentores ou conselheiros.

Já o Venture Capital é um termo utilizado para definir o grupo de investidores de risco. Normalmente, esses investidores injetam em empresas que já possui uma base de consumidores e um modelo de negócios mais definido. Esses investimentos são de valores mais altos (geralmente mais de R$2 milhões), justamente para alavancar os negócios.

Por isso, saiba qual é o estágio que a sua empresa se encontra antes de escolher o tipo certo de investidor. Tenha sempre em mente que muitos investidores preferem investir em negócios que tenham maior afinidade, ou seja, se a sua ideia é baseada em franquias, por exemplo, procure investidores que já possuem essa expertise ou uma complementar.

 

Prepare-se para as rodadas de investimento

Existem alguns pontos primordiais para encarar a fase da rodada de investimento em si. Vá preparado com:

  • Informações, dados e métrica sobre o seu negócio e do mercado;
  • O conhecimento do que você realmente precisa e onde quer chegar;
  • Um pitch impecável.

 

Se você não sabe como se preparar para conseguir os pontos acima, seguem 4 dicas:

1. Faça uma pesquisa de mercado

Entender realmente a viabilidade do seu negócio é fundamental. A pesquisa de mercado não só traz dados quantitativos, como pode levantar dados qualitativos que podem apoiar o discurso que deverá ser feito em prol da sua ideia. Alguns dos benefícios da pesquisa de mercado são:

  • Conhecer melhor o potencial consumidor;
  • Validar hipóteses que são essenciais ao negócio – como preferências, crenças, hábitos de consumo, etc;
  • Analisar mais profundamente a praça a ser trabalhada – principalmente se seu negócio terá ponto de venda ou é regional.

Tendo esses dados primários, é possível cruzá-los com os dados secundários e ter uma excelente perspectiva do potencial que o negócio possui. Já com os dados em mão, é importante saber quais são os pontos fracos e fortes do negócio e quais são as oportunidades e ameaças que poderão ser encontrados no mercado.

 

2. Tenha um planejamento estratégico ou uma modelagem de negócio

Como já citamos aqui no blog da EJFGV, o planejamento estratégico é fundamental para saber onde se quer chegar e como se chega até lá. Portanto, é a prova de que o empreendedor não está apenas com “uma ideia na cabeça”, mas realmente conhece profundamente o seu negócio e tem metas e objetivos claros para serem alcançados.

Uma alternativa é a construção de um Canvas – Business Model Generation. Essa é uma metodologia mais visual para compreender o modelo de negócios. O Canvas leva em consideração desde a compreensão do público-alvo e as principais entregas de valor para eles, como também as parcerias estratégicas necessárias e as fontes de receita possíveis do negócio.

Na EJFGV, o Canvas é um dos entregáveis do projeto do planejamento estratégico. Porém, como todos os serviços são personalizados para a realidade do cliente, é possível entregar sob demanda, já que é um diferencial que o empreendedor terá frente a uma rodada de investimentos.

 

3. Mostre que a gestão financeira não é um problema

Imagine se um conhecido, que gasta mais do que ganha, pede para você investir milhões de reais nele. Mesmo que seja um familiar ou amigo, você dificilmente vai considerar essa hipótese, certo? Pois então você, empreendedor, além de passar a segurança para o investidor de que seu negócio é viável, deve mostrar, também, que a gestão financeira está sob controle.

Sua ideia pode ainda nem ter sido lançada no mercado, porém, com os dados corretos em mãos, é possível ter um fluxo de caixa estruturado. Através dele, é possível prever as entradas e saídas, além de passar, com ainda mais certeza, que seu negócio é lucrativo, seja para apenas um investidor ou em uma possível rodada de investimentos.

Você não sabe o que é fluxo de caixa? Clique aqui para ler mais sobre.

Além do fluxo de caixa, o valuation é considerado essencial para uma rodada de investimento. O termo em inglês pode ser traduzido como “valoração da empresa”. É entender quanto a sua marca vale no mercado, determinando um preço justo e o ROI (retorno sobre o investimento) do seu negócio.

 

4. Estruture seu pitch

O termo pitch é usado para definir as apresentações verbais concisas de uma ideia. Ou seja, essa é a hora de convencer que seu negócio é o melhor investimento atual.

Para que, em pouco tempo, seja possível “vender a sua ideia” e conquistar os investidores, é preciso preparação na oratória e um roteiro estruturado. Quando falamos sobre estar preparado, deve-se considerar os diferentes tipos de pitch que podem surgir. Afinal, existem os que podem utilizar o apoio de uma apresentação em ppt, outros que duram apenas 30 segundos e, até mesmo, os que pedem para resumir a empresa em apenas 1 frase.

Diante de tanta preparação, ter a consultoria de uma empresa torna-se um diferencial. Afinal, a empresa possui equipe, conhecimento e experiência para entregar os recursos necessários e preparar o empreendedor para uma rodada de investimento.

A EJFGV já está oferecendo o serviço de preparação de empreendedores para captação de recursos. Quer saber mais? Entre em contato e receba um diagnóstico gratuito.

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