A crise econômica e a estagnação produtiva que assolam o país atualmente, tendo como principais motivos a depreciação do câmbio, a baixa na demanda de commodities nacionais, o aumento da dívida externa e o cenário de corrupção – com o desvio de bilhões de reais dos cofres públicos – criam uma conjuntura que leva a população ao pessimismo e à desconfiança. Tal insegurança da sociedade no setor financeiro, acompanhada da alta da inflação e dos juros, tende a agravar ainda mais a crise, causando consequências em efeito dominó e, de certa forma, cíclicas: baixa na produtividade, aumento de preços, queda no consumo e desemprego estrutural.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já são 11,1 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, o equivalente a 10,9% da população. E alguns setores do mercado de trabalho estão se retraindo com força muito maior do que outros.
Os dois setores que apresentaram o maior percentual de corte de pessoas do mercado são os de construção civil e de comércio varejista, os quais, ao longo dos últimos dois anos, com o acirramento da crise econômica, fecharam, respectivamente, 435.268 e 74.986 vagas em todo o país. Mais áreas com resultados negativos foram as de confecção de vestuário, serviços de engenharia, venda de veículos e fabricação de peças para carros, agricultura, montagem de instalações industriais e metálicas, entre outras.
Por mais que o panorama encaminhe classicamente para o corte de custos e para estruturas organizacionais cada vez mais enxutas, evitar demissões é possível. Mais do que isso, é possível encontrar oportunidades para crescer durante a crise.
Dessa forma, no cenário atual, é de extrema importância a criação de estratégias para as empresas atuantes no mercado, de forma a mitigar ao máximo os riscos trazidos pela crise, evitando, assim, diminuições na produtividade, aumento no corte de pessoas, ou, ainda, a falência. Tendo sob controle as ameaças, pode-se, então, conquistar as oportunidades. Algumas start-ups, por exemplo, estão crescendo a todo vapor e dobrando seu contingente semestralmente, independente da crise econômico-social que assola o território brasileiro.
A consultoria empresarial, em consequência, assume papel fundamental na conjuntura contemporânea. Projetos dos mais variados escopos – que vão desde a reestruturação organizacional de toda uma organização até a criação de uma estratégia de marketing para uma nova empresa – geram, hoje em dia, um enorme impacto. Isso porque as consultorias oferecem os meios de fazer com que, além de alcançarem sucesso, as empresas consigam manter e gerar empregos.
Por fim, pressupondo o crescente otimismo quanto ao contexto econômico do Brasil, algumas medidas emergenciais podem ser adotadas a fim de evitar a adoção de qualquer medida drástica. Demissões são extremamente custosas, e, com elas, perde-se o pessoal já qualificado, treinado e imerso na cultura da empresa, além de sobrecarregar áreas reduzidas a poucos indivíduos e complicar o clima organizacional. Assim, alternativamente, pode-se oferecer férias coletivas, reduzir temporariamente a jornada de trabalho e evitar ao máximo horas extras. Tudo isso, em prol da estabilidade e da garantia de um contínuo desenvolvimento para a corporação.
0 comentário