O debate acerca do futuro do trabalho vem tomando conta do universo corporativo. Isso porque, segundo aponta o Future of Jobs Report, 50% dos trabalhos que conhecemos hoje não irão mais existir. Além disso, a pesquisa ainda aponta que, 65% das crianças em idade escolar irão trabalhar com atividades que ainda não existem.
Essa não é, entretanto, a primeira vez que a sociedade passa por uma alteração no modo como se entende o trabalho. As revoluções industriais mudaram completamente a lógica de trabalho e, ainda naquela época, o medo das máquinas já era uma realidade.
Hoje, debates como “os robôs vão substituir o meu trabalho?” são cada dia mais comuns, em especial, quando se fala de inteligência artificial (IA). O que acontece, entretanto, é que novas formas de trabalhar vã surgir – e já surgiram, e novas tendências aparecerão.
Neste artigo, vamos falar então sobre as tendências para o futuro do trabalho e como as empresas devem se preparar para essas mudanças.
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O que esperar do futuro do trabalho?
Não é novidade que, com as mudanças e avanços tecnológicos, o mundo do trabalho será movido por ela. Segundo o que afirma o professor Fabricio Stocker, da FGV, essas mudanças que acreditávamos que iriam acontecer daqui a 10 ou 20 anos, já estão ocorrendo. O professor ainda cita pesquisas que apontam que, até 2030, 15% das vagas que conhecemos hoje serão eliminadas e 50% das outras serão bastante modificadas.
Além disso, o professor ainda afirma que os colaboradores e as empresas estarão buscando mais pessoas com soft skills, isto é: capacidade de solucionar problemas, capacidade de tomada de decisões, habilidades de comunicação, entre outros.
Isso sem contar as tech skills, com o crescimento tecnológico, habilidades com tecnologia se tornam essenciais.
Logo, podemos esperar um futuro do trabalho muito mais tecnológico e automatizado. Falaremos mais disso adiante.
Como a tecnologia vai impactar o futuro do trabalho?
Segundo um estudo da McKinsey, até 2065 metade das atividades que conhecemos serão automatizadas. O estudo acerca da produtividade falar sobre novas maneiras de produção e da adoção da chamada indústria 4.0. Segundo eles, empresas que adotam o modelo aumentam em 30% sua produtividade.
Mas, o que seria esse modelo?
A automação!
Robôs, BigData, realidades aumentadas, entre outras tecnologias que surgiram nos últimos anos é o modo como a tecnologia irá impactar – e já está impactando -, o mundo do trabalho.
Em geral, o objetivo disso tudo é aumentar a produtividade das empresas, reduzir trabalhadores em situações de trabalho insalubres e reduzir custos.
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Quais as tendências do futuro do trabalho?
Como vimos, então, o mundo do trabalho será bastante alterado nos próximos anos, entretanto, não será apenas em relação a novas tecnologias, mas também, no comportamento. Vejamos a seguir, então, as principais tendências relacionadas ao futuro do trabalho:
O futuro do trabalho será responsável pelo surgimento de novas profissões?
Uma das principais tendências referentes ao futuro do trabalho é, sem dúvidas, o surgimento de novas profissões. Nos últimos anos, por exemplo, vimos um boom dos influenciadores digitais, tipo de profissão que não existia até os anos 2000. O mesmo com analistas de diversidade, ESG e outras áreas mais recentes no mercado de trabalho.
Assim também acontecerá daqui a alguns anos, ao menos segundo a pesquisa da Dell Technologies que aponta que 85% das profissões que existirão em 2030 ainda nem foram criadas.
Flexibilidade será exigida no futuro no trabalho?
Após a pandemia do Covid-19, boa parte das empresas passou a adotar modelos de trabalho mais flexíveis. Apesar das discussões que envolvem o tema trabalho remoto vs trabalho híbrido nas redes voltadas para o mundo do trabalho, é fato que, os colaboradores preferem o modelo remoto e tem buscado, cada vez mais, vagas que se adequem a esse formato.
O lado positivo para as empresas é que, existem pesquisas que apontam a melhora na produtividade dos colaboradores em trabalhos mais flexíveis. Além disso, ocorre a redução de custos com ambientes físicos e vales-transporte obrigatórios.
Formações online serão mais comuns no futuro para o trabalho?
As formações online – ou EAD – já existem há algum tempo, mas foi após a pandemia de Covid-19, que esse tipo de ensino se tornou mais popular. E foi para além do ensino superior. Na pandemia tivemos um boom de cursos online e plataformas de cursos, dos mais variados assuntos.
Hoje, já é comum no dia a dia das pessoas investirem nessas capacitações, e por óbvio, no futuro, isso será ainda mais comum – e mais facilitado.
Assim, a expectativa é que as empresas passem a investir na compra dessas capacitações e ofertem aos colaboradores. Isso permite incluir nos treinamentos, inclusive funcionários que trabalham em modelo remoto.
Autogestão será necessária para o mercado no futuro?
Uma pesquisa com 132 CEOs feita pela Indeed apontou que a palavra para o futuro do trabalho é: autogestão. Estes acreditam que, a capacidade de se autogerenciar e modelos menos hierárquicos são essenciais para o futuro.
Isso significa um modelo de trabalho que não exige a necessidade de alguém focado em fazer cobranças, mas que sim, os colaboradores passam a ser medidos pelos resultados.
Processos seletivos serão digitais e feitos por IA no futuro?
Já estamos vivendo também a era de processos seletivos que acontecem totalmente online. Apesar das discordâncias e das críticas, cada vez mais, as empresas, visando otimizar os processos de seleção, optam por utilizar programas especializados que selecionam por meio da inteligência artificial as melhores opções para a ocupação de vagas.
Como as empresas devem se preparar para o futuro do trabalho?
Num cenário com tantas mudanças, é importante que as empresas entendam como se preparar para fazer sua adequação para o futuro do trabalho. Vejamos então algumas possibilidades:
1 – Investimento em inovações tecnológicas
O primeiro passo é o investimento em automação. Como visto, acima, diversas empresas já utilizam tecnologia para automatizar suas atividades, por exemplo, no RH, no marketing, até na própria produção.
O futuro é, portanto, tecnológico!
Assim, é indispensável manter a empresa constantemente atualizada, uma vez que, ela já não é mais vantagem competitiva, mas sim, a necessidade que manterá as empresas como parte do mercado.
2 – Pensamento analítico
Nós estamos entrando – ou já entramos? – na era dos dados. Desse modo, empresas que não investirem em áreas focadas na captação de dados e análise destes estará, sempre, atrás da concorrência.
Afinal, dados nada mais são do que informações. E é muito mais fácil trabalhar determinadas estratégias ao ter as informações necessárias, concorda?
3 – Inovação
Todos esses tópicos refletem em uma palavra: inovação.
As mudanças sociais trazem novos problemas à sociedade, logo, as empresas mais inovadoras, saem na frente ao propor soluções para os novos – e velhos – problemas.
4 – Foco em soft skills
Por fim, e não menos importante, as inovações tecnológicas trouxeram facilidades no mundo do trabalho, especialmente na parte operacional.
Logo, uma das principais exigências do futuro do trabalho, será, por motivos óbvios, colaboradores com soft skills mais desenvolvidas.
Perguntas frequentes
O futuro do trabalho será dominado pela automação e tecnologia avançada, criando novas profissões e exigindo flexibilidade dos colaboradores. Soft skills serão essenciais, e a educação continuada será facilitada por formações online, moldando um ambiente de trabalho dinâmico e inovador.
No futuro do trabalho, esperam-se mudanças significativas impulsionadas pela automação e pela adoção de tecnologias avançadas como IA e Big Data. Surgirão novas profissões enquanto outras serão transformadas, exigindo flexibilidade e habilidades adaptativas dos colaboradores. Modelos de trabalho remoto e híbrido se consolidarão.
Os maiores desafios do futuro do trabalho incluem a adaptação rápida às mudanças tecnológicas e a automação, que podem alterar ou eliminar certas funções tradicionais. Além disso, será crucial encontrar um equilíbrio entre flexibilidade e estrutura no ambiente de trabalho, especialmente com a crescente adoção de modelos remotos e híbridos.
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