O Branding é um poderoso aliado de vendas de qualquer empresa. Mas, ao longo dos anos, muitas empresas sentem necessidade de atualização, seja de logo, paleta de cores, comunicação, enfim, da marca num geral. É aí que muitas delas fazem o que chamamos de rebranding.
Em 2023, tivemos um boom de empresas que optaram por investir nessa estratégia. Uma das mais comentadas no universo corporativo aconteceu no final do ano. Aos 45 do segundo tempo, o banco itaú apresentou sua nova identidade visual e slogan “feito de futuro”, substituindo o slogan padrão da marca “feito para você”.
Não apenas o itaú, mas diversas outras marcas mostraram seu novo posicionamento em 2023 e a promessa é que mais empresas façam esse tipo de mudança em 2024. Mas, como essas empresas fazem esses projetos? E como sabem quando é a hora de fazê-lo?
Tiraremos essas e outras dúvidas sobre o tema neste artigo. Continue a leitura para saber se está na hora de fazer o seu projeto de rebranding!
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O que é rebranding?
Branding é uma estratégia utilizada por várias empresas com objetivo de tornar a marca mais conhecida no mercado. Ou seja, trata-se de uma estratégia de posicionamento de marca.
O objetivo é fazer com que a marca fique conhecida por meio de diversos elementos de comunicação, como as cores, o slogan, a embalagem, o logotipo, etc.
Para explicar melhor, quando você escuta as frases “Todo mundo usa. Recuse imitações.”, aposto que os comercias das sandálias Havaianas logo vêm à sua mente, não é? O mesmo para quando você vê esses tons de roxo, certo?:
Aposto que você pensou no Nubank. Desde seu início, o posicionamento de marca do Nubank estava claro e agora, sempre que vemos um anúncio em roxo, associamos ao banco. Mas, percebe que na imagem acima temos dois tons da mesma cor?
Pois é, o Nubank passou por um processo de reposicionamento, onde mudou um pouco o tom de roxo da marca e a logo.
Um rebranding é exatamente isso, falamos na introdução sobre o rebranding do itaú, agora citamos o do Nubank, mas muitas outras passaram por esse processo.
Em resumo, um rebranding é uma reformulação da estratégia de posicionamento de marca, que visa ressignificar a percepção do público com a marca, fazendo ajustes simples ou mais completos em cores, logos, slogans, identidade visual, linguagem, nome, etc…
Quando devo fazer um rebranding?
Entendido o que é um rebranding, então, é necessário entender quando esse tipo de mudança estratégica deve ser realizada.
Existem muitos momentos em que um rebranding pode ser necessário para sua empresa. Vamos elencar os principais:
1 – Marca desatualizada
Em uma palestra durante o RD Summit 2023, a especialista em branding, Beatriz Guarezi mostou o que faz uma marca sobreviver ao tempo. Segundo ela, marcas que conseguem esse feito possuem duas características:
- Respeitam sua história;
- São inovadoras;
Assim, não se contradizem, mas mostram que se atualizam com o tempo.
É o caso de diversas empresas que fizeram seu rebranding nos últimos anos. Marcas cujas logomarcas estavam desatualizadas, mudaram seus logos. Outras, possuíam mensagens que não condizem mais com o pensamento da marca e dos seus consumidores, entre outras empresas que usaram a estratégia para mudar sua percepção com o público.
Uma bastante conhecida foi a Victoria’s Secrets. Por muitos anos, os desfiles da marca de roupas íntimas foram com modelos ultra magras, as chamadas Angels. Após muitas críticas por parte dos consumidores, em 2023 a marca apareceu com um novo formato, com modelos diversas, e com um novo posicionamento, mais alinhado com as demandas do consumidor.
Outras ainda, fizeram mudanças de identidade visual geral e foram se atualizando ao longo do tempo, como os exemplos a seguir:
2 – Lançamento de um novo produto
Outro motivo para uma atualização de marca é o lançamento de um novo produto. Em muitos casos, o novo produto (ou uma linha completa), podem acabar impactando na Identidade visual de uma empresa, na logo ou discurso. Nesses casos, é necessária uma atualização completa para abarcar a novidade nas soluções da empresa.
3 – Expansão internacional
Sempre que uma marca vendida em apenas um país, mas deseja expandir internacionalmente, é necessário fazer algumas alterações para conquistar o público daquele país ou por regras impostas no local.
É o que acontece, por exemplo, quando uma marca esbarre em questões de propriedade intelectual, como aconteceu com um dos pincéis da maquiadora, influenciadora digital e empresária Mari Maria. Há algum tempo, a influenciadora brasileira registrou a criação de um pincel de maquiagem no Brasil, no entanto, por ser uma marca brasileira, a empresária não foi atrás do direito em outros países. Acontece que, algum tempo depois, uma influenciadora muito maior, a Kylie Jenner, produziu em sua marca o mesmo formato de pincel.
Ocorre que, em outros países, Mari não recebeu pelo direito intelectual da criação. Por outro lado, Kylie não foi permitida de vender o aparato no Brasil.
Nesse caso, duas eram as opções: não o comércio do produto de Kylie no Brasil ou vender a patente. A opção a influencer foi a segunda.
Outro caso brasileiro foi com a empresa de tênis “Veja”, substituída no Brasil por “Vert”, uma vez que o nome “Veja”, já era propriedade da empresa de produtos de limpeza no país. Assim, a empresa teve que fazer toda uma estratégia de posicionamento para este novo nome dos seus tênis.
4 – Imagem negativa
Uma possibilidade que o rebranding traz é a limpeza de imagem. Veja, quando a empresária “Bianca Andrade” lançou sua marca, também de maquiagem, muitas seguidoras correram para realizar a compra. No entanto, muitas reclamações sobre a embalagem da base, especificamente, foram acontecendo.
Por óbvio, a influenciadora precisou mudar toda a embalagem de seu produto, para evitar as reclamações. Assim, a mudança de embalagem, nesse caso, foi a maneira encontrada de um rebranding de imagem negativa.
5 – Novo público alvo
Quando você já conhece seu público, fazer branding fica muito mais fácil, mas e quando você precisa atingir outro público? Que você mal conhece?
É nesse momento que a estratégia de negócio esbarra no Branding também e se percebe a necessidade de fazer uma mudança de posicionamento para atingir o novo público-alvo desejado.
Como fazer um rebranding?
O primeiro passo para fazer um rebranding é entender por que você deseja fazer isso. Motivo definido, é indispensável entender o que seu público está buscando agora, nesse caso, então, faça pesquisas com os seus clientes e entenda como eles enxergam a empresa.
Faça o mesmo com colaboradores, diretos, etc. Assim, você terá um panorama do que a empresa é e do que deseja ser, ficando mais fácil, então, entender o que no posicionamento da marca será importante mudar.
Se for o caso de mudança de público, é o momento ideal para fazê-lo. Caso os conheça, é hora de entender as razões que motivam o interesse da empresa em mudar. Caso não os conheça, é necessário entender bem quem são, por meio de estudos de persona, ICPs e mais.
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Logo depois, é o momento de fazer o estudo de design para entender qual identidade visual é melhor para o público. Por fim, deve-se definir os canais de comunicação, a linguagem e estratégias de conteúdo e comunicação com seus clientes e futuros clientes.
Quais os tipos de rebranding?
Podemos dividir os tipos de rebranding em três tipos, são eles:
Parcial
O rebranding parcial acontece quando a empresa faz mudanças sutis em seu posicionamento, como foram as mudanças apresentadas na imagem acima do Mc Donald’s, Starbucks e Pepsi. Nessa estratégia, não acontece total desassociação, mas percebe-se a mudança.
Evolutivo
No rebranding evolutivo, a marca vai se alterando aos poucos. A vantagem é que as mudanças vão mudando tão lentamente que o público mal repara. Veja as mudanças da Google ao longo do tempo:
Revolucionário ou radical
Já o rebranding revolucionário e radical trata-se de mudanças drásticas na empresa, como no caso da Latam:
Como sei se é hora de fazer um rebranding?
Para saber o momento ideal de fazer um rebranding é importante olhar para os motivos. Dentre os mais comuns, algum deles contempla seu negócio? Algum deles é, de fato, o seu sonho? Se a resposta for sim, muito provavelmente está na hora de atuar com essa estratégia.
Já se for não ou não sei, é importante refletir sobre as razões de ter essa dúvida, concorda? Para tirar essa e outras dúvidas sobre o tema, procure os serviços da EJFGV.
Perguntas frequentes
Em primeiro lugar, é necessário entender os motivos para fazer um rebranding. Seguido de pesquisas sobre a percepção que os clientes e colaboradores tem da empresa. No fim, é o momento de ajuntar essas impressões e criar uma nova forma de comunicar.
O Rebranding é necessário em muitos momentos, como quando a empresa está falindo, muda de opinião sobre alguma questão, deseja se modernizar ou ainda um novo mercado, ou público é solicitado por gestores, ou investidores.
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