Há séculos as mulheres precisam travar lutas diárias contra o machismo presente no cotidiano. No âmbito do trabalho, isso não é diferente: embora atualmente as mulheres tenham acesso a mesma qualificação que os homens, elas ainda são vítimas de sexismo no mundo corporativo. Todavia, mesmo com dificuldades, as mulheres vêm conquistando um espaço crescente dentro das organizações, inclusive nos cargos de alta chefia.
De acordo com a pesquisa “Women in Business”, realizada pela consultoria internacional Grant Thornton, em 2015, no Brasil, apenas 43% das empresas brasileiras possuíam mulheres em cargos de liderança. O país ficou a frente apenas do Japão, com 33% e da Alemanha, com 41%, enquanto a média mundial foi de 68%. Em comparação aos anos anteriores, 2015 apresentou uma queda na porcentagem das mulheres nos cargos de liderança do país. Entretanto, em 2016, a mesma pesquisa apontou um aumento de 4% nesse índice, totalizando 47% das empresas brasileiras com mulheres em seus cargos de liderança. Além disso, a presença delas em cargos de alto escalão como CEO e CFO aumentou de 5% em 2015 para 11% em 2016. Esses índices comprovam o crescimento da atuação das mulheres em grandes cargos das empresas. Ademais, sua importância nesses cargos é fundamental para o crescimento contínuo do negócio, uma vez que as mesmas enxergam os problemas de forma diferente dos homens.
Segundo pesquisas realizadas pela consultoria McKinsey & Co, as empresas cujos cargos de liderança estão mais próximos de um equilíbrio entre homens e mulheres têm mais chances de alcançarem retorno financeiro acima da media da indústria. Isso ocorre devido a maior capacidade mulheres em analisar os problemas com caráter mais social e a naturalidade das mesmas nos relacionamentos interpessoais, além da rapidez de adaptação e eficiência na tomada de decisão. Atualmente,há inúmeras figuras femininas proeminentes no cenário político-econômico mundial como Angela Merkel (Chanceler da Alemanha), Mary Barra (CEO da General Motors), Chistine Lagarde (Diretora-Gerente do Fundo Monetário Internacional) e Sheryl Sandberg (chefe operacional do Facebook). Todas com altos cargos e imenso reconhecimento, o que as transformou em grandes exemplos para diversas mulheres ao redor do mundo que almejam tornarem-se líderes.
Por fim, para chegarem onde se encontram hoje, as mulheres construíram progressivamente uma reputação e se adaptaram ao seu entorno. A atual presença feminina nas altas chefias das organizações reflete a forte significância da liderança feminina no cenário empresarial. Isso representa uma alteração irreversível no âmbito do trabalho, onde homens e mulheres, cada vez mais, estão caminhando lado a lado.
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