Creator Economy: o que é e como usar o marketing de influência na sua empresa?

Você já ouviu falar em Creator Economy? Talvez você ainda não tenha escutado o termo, mas com certeza alguém da sua equipe de marketing já sugeriu que você utilizasse um criador de conteúdo para fazer alguma divulgação da sua marca, não? Ou então, você já viu algum influenciador digital fazendo uma publicidade para alguma marca específica, não é?

Bom, tudo isso faz parte da Creator Economy, ou economia de criadores (de conteúdo), em tradução livre.

Neste artigo, pretendemos abordar, então, o que é esta economia, como ela está no mercado atual e como sua empresa pode fazer este tipo de marketing? Vamos lá?

O que é a Creator Economy?

A Creator Economy é relativamente nova, mas não tão nova quanto algumas pessoas pensam. Quando olhamos para os principais influencer do país atualmente, podemos citar alguns nomes importantes como a empresária Bianca Andrade, o humorista Whinderson Nunes e o Empresário e Youtuber Felipe Neto.

Estes três nomes já saíram em capas da Forbes, onde a revista falava sobre seu patrimônio acumulado e têm em comum, além da fortuna, que são parte da Creator Economy há mais de 10 anos.

Mas o que é exatamente essa economia?

A Creator Economy é, então, a parcela de profissionais do mercado que se dedica a produção, consumo e distribuição de informação nos meios digitais, ou seja, criam conteúdos para a internet.

Por ser uma profissão nova, muitas pessoas ainda não levam a sério, mas é um ramo que só cresce e, em especial as empresas, devem passar a considerar trabalhar nesse ramo. Isso porque, segundo um estudo da Oxford Economics, em 2022, só o YouTube contribuiu com R$ 4,5 bilhões para o PIB Brasileiro. Em 2012, essa economia movimentava apenas US$ 600 mil.

Atualmente, são três maneiras principais que os Creators – profissionais da Creator Economy – geram renda na internet: por meio de “doações” de fãs, criação de infoprodutos ou pela publicidade. É nesta que vamos nos ater aqui.

Qual a relação da Creator Economy com o mundo corporativo?

O boca a boca sempre foi uma excelente maneira utilizada pelo mundo corporativo como marketing. Mas, com a ascensão do marketing de influência, isso se intensificou.

Muitas empresas passaram a perceber que, com um público engajado e fiel, um Creator pode acelerar vendas de seus produtos.

Além disso, com o crescimento da Creator Economy, empresas de todos os tamanhos podem utilizar-se de influenciadores para divulgarem seus negócios. Veja, o marketing de influência já existia, mas antes, era feito majoritariamente com grandes nomes, o que acabava sendo uma luta perdida para empresas pequenas, que não podiam pagar àqueles nomes para divulgarem sua marca.

Com a Creator Economy e os influenciadores menores e mais nichados, as empresas conseguem usar a mesma estratégia – e até crescer com o influenciador.

Qual a importância da Creator Economy?

Atualmente, 60% da população brasileira usa redes sociais. Boa parte destes 60%, pertence a algum nicho na internet e compra produtos apresentados por influenciadores.

Segundo a consultoria YOUPIX, existem 20 milhões de Creators só no Brasil e segundo pesquisa da Influencer Marketing Hub, empresa dinamarquesa especializada neste ramo, em 2022 a Creator Economy gerou, globalmente, mais de 16 milhões de dólares.

E outras pesquisas já apontam diversas mudanças dessa economia, como a flexibilização do trabalho, nova maneira de ser bem-sucedido e criação de comunidade. Estes fatores, alteram também o consumo e nosso modo de fazer marketing.

Qual a influência da Creator Economy no marketing?

Como falamos, então, a Creator Economy mudou o modo de fazer marketing em alguns sentidos.

O primeiro deles é a identificação. Como na internet – em especial nas redes sociais – se criaram nichos de interesse, o consumidor passou a consumidor os produtos que os criadores com quem eles se identificam ou apreciam, indicam.

Outro ponto relacionado a isso é a autenticidade. Os consumidores já não se identificam mais com a publicidade comum. Estão cansados de ver “propaganda”. Atualmente, o consumidor prefere comprar um produto que um influenciador já testou e falou que aprova, afinal, o influenciador não tem obrigação de vender o produto e sendo assim, em teoria, apresentará uma opinião mais honesta.

A proximidade é um outro ponto chave onde a Creator Economy revolucionou o marketing. Por ser um tipo de publicidade feito nas redes sociais, muitas vezes como se o influencer estivesse conversando com o público, o consumidor se sente próximo do Creator. Assim, seja utilizando o alcance de grandes influencers para atingir muitos públicos, seja com objetivo de atingir um público mais nichado, o influencer auxilia no aumento das vendas do produto, pois a sensação é a de que é um “amigo” nos indicando algo.

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Como trabalhar com Creators na minha empresa?

Segundo a Influencer Marketing Hub, em 2024, 85% das empresas pretendem dedicar uma verba de marketing para trabalhar com Creators. Seja sua empresa uma delas ou não, vamos te mostrar agora um passo a passo rápido para escolher o influencer ideal para seu negócio:

1 – Separe o orçamento

Se sua empresa ainda não está nos 85% que destinaram um orçamento para trabalhar com Creators, nossa dica é que seja feito quanto antes. Para isso, é importante fazer uma pesquisa rápida e aproximada do valor que os influencers pedem para trabalhar com as empresas. Você pode contatar uma agência que trabalhe com Creators e pedir alguns orçamentos e então, destinar uma parcela do orçamento de marketing para isso.

2 – Pesquise influencers que tenham o mesmo público que o seu

O segundo passo é encontrar o “match” perfeito entre seu público-alvo e o influencer. Assim, é necessário entender quem é seu público e quais são os hobbies dele.

Por exemplo, não faz sentido uma empresa de maquiagem contatar, por exemplo, o Whinderson Nunes, que citamos no início, para fazer publicidade. O Whinderson Nunes não usa maquiagem, não entende o assunto. Já quando falamos de Bianca Andrade, sim, faria sentido fazer uma colaboração desta. Aliás, a empresária fez colaborações com diversas marcas, antes de ter lançado a sua própria.

3 – Tabele os orçamentos e selecione seu Creator

Com os orçamentos dos Creators que você acredita fazerem sentido para a sua marca, é hora de selecionar o que está dentro do seu orçamento e fazer o contato. Lembre-se que, o influencer também pode negar por não acreditar que faz sentido trabalhar com sua marca. Se um não aceitar, não desista! Tente um próximo.

4 – Destine alguém do seu time para lidar com os Creators

Selecione uma pessoa internamente para ser o contato com o(s) Creator(s). Esta será responsável pelo Briefing, pelas cobranças e aprovações do conteúdo que o influenciador enviar. É essencial ter alguém responsável por isso, para que a relação não fique pulando de mão em mão no time e as entregas sejam alinhadas.

5 – Pense bem nos detalhes contratuais

Este é um ponto bastante importante. Veja, a depender do seu ramo, não há espaço para que o Creator divulgue o seu produto e o do concorrente. Em alguns segmentos isso é possível, mas em outros não. Portanto, atente-se para qual é o seu caso e se for um que precisa constar em contrato a proibição de publicidade para a concorrência, faça-o.

Conclusão

Em resumo, então, a Creator Economy é uma estratégia de marketing excelente para se conectar com seu público e vender mais. Com os cuidados corretos, a parceria pode ser valiosíssima.

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Perguntas frequentes

O que é a creator economy?

A Creator Economy é um termo que descreve um ecossistema onde os criadores de conteúdo digital são os principais protagonistas. Estes criadores produzem, distribuem e muitas vezes monetizam conteúdo através de plataformas digitais, como redes sociais, blogs, podcasts, vídeos online, entre outros.

Qual a diferença entre UGC e Creator Economy?

UGC (User Generated Content) e Creator Economy são conceitos relacionados, mas têm diferenças. A UGC refere-se ao conteúdo gerado pelos próprios usuários em plataformas online, como redes sociais, fóruns, blogs, etc.A Creator Economy, por outro lado, refere-se ao ecossistema econômico em torno dos criadores de conteúdo digital.

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