Como PMEs devem reagir à crise para não ficarem de fora do mercado

Diante da instabilidade política e de um cenário econômico tão conturbado, é fato que o mercado está retraído e que mudanças na forma de administrar empresas são necessárias para enfrentar as dificuldades. Mesmo desagradáveis e até inesperadas, essas mudanças na gestão empresarial já têm provocado grandes efeitos positivos nos mais diferentes tipos de empresa, sejam estas prematuras ou mais sólidas.

Neste contexto, as empresas tomam as mais diversificadas atitudes com o intuito de sobreviver à recessão econômica. Algumas escolhem por reduzir custos por meio de demissões, outras investem na qualidade de seus produtos ou buscam inovar em seus serviços. Enfim, são muitos os caminhos. Porém, qual rumo seguir? Por onde começar? Como proteger as finanças do negócio?

Com base neste horizonte, destacam-se cinco sugestões para as empresas que desejam vencer os desafios financeiros apresentados pela crise:

Não espere que uma crise se abata. Comece agora a rever sua estratégia de gestão financeira para coordenar as mudanças decorridas do período de instabilidade econômica. Um planejamento financeiro periódico e flexível é essencial, pois o orçamento da empresa é uma ferramenta estratégica que direciona o gestor na tomada de decisão. Não espere por um ultimato para tomar atitudes, muitas vezes em meio a momentos conturbados são tomadas decisões precipitadas e irreversíveis. Como aponta Abílio Diniz: “Crises virão, mas você pode estar preparado”.
Sempre há a possibilidade de reduzir custos. Não tema explorar os custos da empresa a fundo com o intuito de questionar se são realmente necessários. Além disso, a utilização de ferramentas como o RFP (Request for Proposal) é fundamental para diminuir despesas, pois permite à empresa analisar com maior embasamento determinada compra, seja de serviço ou produto, por meio da comparação de benefícios e valores entre diferentes fornecedores.
Evite contrair novas dívidas. Parcelas de financiamento acabam por se tornar despesas fixas do orçamento da empresa, portanto, aumentar o valor das dívidas não é sábio, uma vez que isso reduz a flexibilidade do orçamento da empresa em cenários de alta inflação e desemprego, como o vivido atualmente no Brasil. Além disso, caso já existam dívidas na empresa, decorrentes de empréstimos ou financiamentos passados, busque antecipá-las ao máximo, ou seja, fazer amortizações. Ao amortizar um financiamento a empresa deixa de pagar juros sobre o valor adiantado, diminuindo o custo total do financiamento.
Tenha sempre uma reserva em caixa. Elabore um cronograma de pagamentos no qual os desembolsos não fiquem concentrados em um único período, procure renegociar as formas de pagamento e prazos, de modo a criar condições financeiras de arcar com imprevistos durante o mês. O mercado é muito dinâmico, porém, jamais perca o controle do caixa da empresa, ele é o seu principal indicador.
Se necessário, sacrifique parte do lucro por determinado período. Em época de recessão econômica a fidelização de clientes é essencial, portanto o momento atual do país exige esta medida, pois empresas com políticas rígidas de não oferecer descontos ou promoções estão perdendo muita clientela. Parte-se da premissa de que é melhor se manter no mercado com lucros razoáveis do que ser extinto ao tentar manter lucros extraordinários.

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