Para saber qual investimento fazer em determinado produto e qual o momento de descartá-lo, muitas empresas utilizam o ciclo da vida do produto.
Assim, conseguem tomar decisões e crescer o negócio conforme as etapas estabelecidas antes mesmo de o produto começar a ser produzido.
Essa prática facilita muito a estratégia da empresa, e também, economiza em produção – o que evita o desperdício -, e em gastos. Neste artigo, vamos abordar então o que é o ciclo de vida do produto e quais são as suas fases para que você melhore seus resultados.
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O que é ciclo da vida do produto?
Ciclo da vida do produto é um conceito criado pelo economista alemão Theodore Levitt e fala sobre a jornada do produto. Isto é, o conjunto de etapas que todo produto percorre até o momento em que o mesmo é descontinuado.
Em suas pesquisas, o economista notou que as características de um produto se modificam com o passar do tempo. Logo, a estratégia da empresa que envolva esse produto precisa acompanhar o momento de vida deste, isto é, o ciclo da vida do produto, composto por 5 etapas, as quais detalharemos no próximo tópico.
Quais são as 5 fases do ciclo da vida do produto?
Theodore Levitt propôs um modelo de ferramenta administrativa composto por 5 etapas: desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio. Veja a seguir mais detalhes sobre cada uma delas:
1. Desenvolvimento
A primeira etapa do ciclo da vida de um produto é o desenvolvimento. Isso significa, então, que se trata de uma fase que ainda está no campo das ideias.
É o momento em que ocorrem as lapidações, os testes, validações de hipóteses e ajustes. Apesar de ainda ser um momento de início da elaboração de um produto, já é possível começar a preparar o mercado para o seu lançamento. Isto é, já é possível iniciar campanhas de marketing nesse sentido.
A influencer e empresária Bianca Andrade já utilizou do suspense diversas vezes em suas redes sociais quando iria anunciar um lançamento de sua marca “Boca Rosa Beauty”, por exemplo.
2. Introdução
Já a fase de introdução do ciclo de vida do produto, é quando o produto já foi considerado apto para “sair” para o mercado.
É nesse momento que começa de fato a divulgação do produto. No exemplo anterior, de “Boca Rosa Beauty”, isso acontece quando, após o suspense, a influenciadora posta, pela primeira vez o produto em seu Instagram – hoje seu principal meio de comunicação com o público.
Nesse momento, a empresa deverá avaliar qual o melhor canal de divulgação para o seu público, que pode ser as redes sociais, a televisão, por outdoors, etc…
É na introdução que a empresa fará o maior investimento em marketing. Por isso, é essencial ter esse ponto mapeado, já que investir em um canal que trará pouco retorno pode ser um tiro no pé. O mesmo vale quando se investe na persona errada.
Logo, isso também deve ser analisado antes de começar a divulgação.
3. Crescimento
A fase do crescimento é aquela em que se inicia a manutenção dos valores de marketing e as vendas começam a escalar.
Nesse momento, entretanto, é onde vai ser possível observar se o produto está atendendo a necessidade do público. Com isso, a empresa pode melhorar sua oferta e repensar algumas estratégias de marketing.
É importante que nessa etapa do ciclo da vida do produto, sua empresa não deixe de investir neste. Afinal, é necessário bater de frente com a concorrência, especialmente se seu produto possui muitos.
No caso de Bianca Andrade, por exemplo, apesar de já estar crescendo muito no digital e seus produtos estarem um sucesso de vendas, a marca ainda estava em sua fase de crescimento.
A estratégia utilizada pela influencer foi distinta e bastante curiosa, ela entrou em um reality show e incluiu em seu contrato com a maior emissora de televisão do país que desejava que seus produtos aparecessem no programa.
Bianca pode não ter vencido o programa, mas saiu de lá com uma alta nas vendas de sua marca com um valor bem acima do prêmio do reality.
4. Maturidade
Como o nome diz, a maturidade é o pico do ciclo da vida do produto. É quando este já se consolidou no mercado. Nesse momento, é hora de evitar o retrocesso.
As principais marcas do mercado investem nisso ao atingir um nível de maturidade onde não é mais possível crescer. É por conta desse investimento que slogans e mais slogans vêm à nossa cabeça com frequência. Veja, é só eu começar que, com certeza, você irá completar:
- Redbull te dá….
- MC Donald’s. Amo muito….
- Coca-Cola. Sinta o….
- Pode ser bom, pode ser….
Viu? Aposto que você completou todos. Todas essas marcas investiram pesado em se manter relevantes no mercado, e por essa razão, elas não saem de nossas cabeças.
5. Declínio
Por fim, a última etapa é o declínio. Para Levitt, todo produto em algum momento acaba. Independentemente do quão forte uma marca é no mercado.
Quando chega o momento de declínio, é hora de a empresa começar a preparar o fim da produção daquele determinado produto. Isso vai poder ser visto com base nos indicadores de desempenho.
Assim, ao analisar esses dados e perceber que o produto está na fase de declínio no ciclo de vida do produto, é importante começar a pensar em seu substituto. Especialmente em casos em que aquele produto é o carro-chefe da empresa.
Se for do desejo da empresa, é possível investir em marketing para tentar reverter a situação. Entretanto, é um risco que nem sempre vale a pena correr. Por isso, é importante analisar e estudar muito para saber que passo dar. O que mais se recomenda, no entanto, é a descontinuação.
Por que é importante entender o ciclo da vida da produto?
Entender e acompanhar o ciclo de vida do produto é essencial para todo negócio. Isso porque, é por meio dele que você entenderá quais os passos você precisa dar em relação à estratégia de crescimento da sua empresa.
Além disso, entendo o ciclo de vida de um produto, também é possível otimizar os investimentos, afinal, a empresa passa a fazer investimentos mais certeiros quando sabe em que etapa o produto está.
Quais as vantagens de acompanhar o ciclo de vida de um produto?
Inúmeras são as vantagens do acompanhamento do ciclo de vida de um produto. Algumas delas são:
- A otimização dos investimentos de marketing;
- Aprimoramento da geração e gestão de leads;
- Embasamento para tomada de decisões;
- Planejamento financeiro;
- etc;
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Qual a diferença entre ciclo da vida do produto e matriz BCG?
Para finalizar, é importante diferenciar o ciclo da vida do produto da matriz BCG. Enquanto o primeiro trata-se das fases que um produto passa, desde as primeiras ideias até o seu declínio, o segundo se trata do posicionamento das soluções de uma marca.
Assim, apesar de serem semelhantes, não são a mesma coisa. O ciclo de vida do produto, como vimos, possui 5 fases: desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio. Já a matriz BCG possui apenas 4, sendo elas: Produto estrela, vaca-leiteira, interrogação e abacaxi.
A matriz fica assim:
Os produtos estrela são os que rendem maior faturamento e seguem elevando sua participação. Os produtos interrogação são os produtos novos, que ainda não tem participação no mercado, mas possuem potencial. Os produtos vaca-leiteira são aqueles que já atingiram o seu potencial máximo e a empresa espera que em breve declinem. E por fim, os produtos abacaxis são aqueles que já estão em declínio.
É uma maneira diferente de fazer a análise e uma forte aliada nas decisões relativas a posicionamento. Mas, quando se fala de investimento e análise do comportamento de um produto no mercado, utiliza-se, então o ciclo de vida do produto.
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