Análise preliminar de risco: o que é e como fazer em 5 etapas?

Nenhuma empresa deseja que seus colaboradores sofram acidentes de trabalho ou que a operação passe por problemas. Além disso, nenhum colaborador deseja sofrer um acidente de trabalho, não é? Logo, contar com ferramentas que ajudem a evitar esses problemas é essencial em qualquer negócio. Foi pensando nisso que estudiosos de segurança do trabalho criaram a análise preliminar de risco, a fim de elencar práticas que evitem danos e acidentes na operação das empresas.

Vamos descobrir nesse artigo, então, do que se trata essa ferramenta, para que serve e como aplicar no seu negócio. Vamos lá?

O que é análise preliminar de riscos?

A análise preliminar de riscos é uma ferramenta utilizada para identificar possíveis riscos de acidentes com funcionários de uma empresa. Ela está prevista em diversas Normas Regulamentadoras (NRs), como na NR – 18, que dispõe sobre as normas da construção civil, a NR – 12 que dispõe sobre máquinas e equipamentos, entre outras.

Apesar de ser mais utilizada em áreas como a construção civil, a análise preliminar de riscos, também conhecida por sua sigla APR, pode ser utilizada em qualquer tipo de negócio e pode identificar riscos de acidentes com colaboradores, mas também, riscos para a imagem da empresa e para o meio ambiente.

Na APR, faz-se uma análise de cada etapa da produção detalhadamente, buscando indicativos de possíveis acidentes. Assim, é possível preveni-los, tomando

Para que serve a APR?

O principal objetivo de uma análise preliminar de riscos é a prevenção de acidentes de trabalho. Ademais, também é importante para garantir que a empresa está dentro dos parâmetros legais exigidos pela área de segurança do trabalho.

Isso sem contar com que, com a análise de riscos, é possível fazer também o cálculo do retorno sobre o investimento em segurança, garantindo que os equipamentos e as medidas adotas são as melhores e de fato contribuirão na prevenção de acidentes.

Em resumo, então, os objetivos da APR são:

  • Identificação de riscos em todos os setores;
  • Orientação de funcionários sobre os riscos de cada atividade e sobre o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s);
  • Criação de técnicas para segurança no trabalho;
  • Antecipação de problemas que podem surgir no desenvolvimento das atividades.

Qual a diferença entre PT e APR?

Em geral, essas duas atividades tem relação direta, já que, a PT pode ser parte da APR. Mas, elas não são a mesma coisa.

A permissão para trabalho, também conhecida como PT é um documento que permite ao colaborador a realização de determinada atividade laboral. Já a análise preliminar de risco, a APR, é o estudo e estratégias realizadas pelas equipes de segurança do trabalho que visa evitar acidentes em determinada atividade.

Como é feita a análise preliminar de riscos?

A análise preliminar de riscos é feita por profissionais especializados, ou seja, técnicos de segurança do trabalho ou engenheiros.

É importante também contar com a colaboração das equipes para que nenhum detalhe seja esquecido no estudo.

Além disso, antes de realizar uma APR é importante observar alguns tópicos:

  • Obter informações sobre as atividades da empresa;
  • Identificação de perigos;
  • Identificação de causas de acidentes e vulnerabilidades;
  • Etc;

Quais são as 5 etapas da análise preliminar de risco?

A APR pode ser dividida em 5 etapas. Vamos ver cada uma delas a seguir.

Mas antes, lembre-se que, para essas e outras atividades da análise devem estar presentes o técnico de segurança do trabalho ou engenheiro, e uma equipe especializada deve ser responsabilizada por todas as etapas da análise preliminar de riscos. Vale destacar que essa equipe pode ser, tanto uma área já existente na empresa ou uma equipe terceirizada.

1. Seleção do que será analisado

O primeiro passo para uma APR é identificar qual das atividades será analisada. Para isso, é importante entender, dentro das atividades da empresa:

  1. Quais atividades tem maiores índices de ocorrência de acidentes e erros?;
  2. Quais tem maior potencial de causar lesões ou doenças?;
  3. Existem atividades que tiveram procedimentos implementados recentemente na operação?;
  4. Existem procedimentos que precisam de instruções específicas para a realização?

Assim, antes de iniciar a análise da atividade especificamente, é importante conversar com os colaboradores, fazer visitas aos locais de trabalho e observar como funciona a realização das atividades na empresa.

2. Segmentação das atividades

A segunda etapa da análise preliminar de riscos é a de segmentação das atividades. Nesta etapa da APR, a equipe deverá dividir as atividades da função selecionada em macro e micro. Divididas as atividades, é possível analisar cada uma das partes daquela determinada tarefa e fica mais fácil identificar.

3. Identificação de riscos

Após conversar com os trabalhadores, observar a realização das atividades e segmentar as tarefas, é hora da terceira etapa da análise preliminar de risco: a identificação de riscos. Nela, o técnico de segurança do trabalho deverá listar e classificar os riscos das etapas da produção.

Além disso, ele deverá identificar quais as causas para os possíveis acidentes.

Por exemplo, caso haja risco de queimadura de um profissional, é necessário realizar os seguintes questionamentos:

  • O que pode causar queimaduras?
  • Qual a possibilidade de ela acontecer?
  • É possível identificar qual a gravidade do acidente?

4. Planejamento das ações para prevenção

Após listagem dos riscos, é hora de enfim planejar as ações para prevenção. É neste momento que se deve delimitar as regras, normas e boas práticas que passarão a ser adotadas nas atividades da empresa. Essas regras devem ser registradas em um documento oficial, que deve contar com as assinaturas dos envolvidos e dos responsáveis da empresa.

Algumas das medidas podem ser:

  • Eliminação de riscos;
  • Substituição de riscos, ou seja, quando não é possível a eliminação, substituir por outra maneira de realizar a atividade que apresente menor risco;
  • Uso de EPIs e EPCs;
  • Medidas administrativas.

5. Elaboração de documento final e divulgação

Como vimos, na etapa 4 da análise preliminar de riscos, se faz a documentação dos riscos e do plano de ação de prevenção. Na etapa 5, então, se faz a consolidação destes pontos em um documento, como já dito, assinado pelos responsáveis da empresa e pela equipe que fez a APR.

As informações devem ser enviadas ainda para um local de fácil acesso, onde todos possam consultar sempre que necessário.

Vale lembrar que a APR deve ser atualizada sempre que ocorrer uma mudança em alguma operação.

Conclusão

A análise preliminar de risco é uma ferramenta excelente e conta com diversos benefícios, como a revisão de ameaças, antecipação de problemas futuros, criação de métodos para restrição de danos e conscientização dos funcionários sobre segurança.

Conclui-se então que essa é uma ferramenta fundamental para garantia da segurança dos trabalhadores, do dia a dia de trabalho e da também, da empresa que evita problemas financeiros causados pela ausência de trabalhadores, indenizações relativas a segurança e problemas de imagem.

Perguntas frequentes

O que é uma APR e para que serve?

A análise preliminar de risco, também conhecida como APR, é uma ferramenta de identificação de riscos nas atividades de uma empresa. Serve para evitar acidentes de trabalho e erros na produção de uma empresa, criar normas e boas práticas de trabalho.

Qual a importância da análise preliminar de risco?

A análise preliminar de risco é essencial para a prevenção e segurança dos trabalhadores de uma empresa e contribui com diversas outras questões de um negócio, como na imagem, no fluxo de caixa e na produtividade dos colaboradores.

Quem é o responsável pela elaboração de APR?

Para a realização de uma APR é necessário contar com um técnico de segurança do trabalho ou um engenheiro. Eles serão os responsáveis pela equipe que irá elaborar o documento da APR.

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