O capital de giro se resume no resultado da subtração do que se ganha menos do que se deve. Esse valor representa a reserva daquela empresa para se manter nos meses seguintes, e seu controle é fundamental para a manutenção de um negócio próspero.
Nesse artigo, veremos como calcular o capital de giro, bem como as formas de mantê-lo. Para saber mais, continue a leitura.
O que é o capital de giro?
Quando oferecemos um serviço, precisamos de recursos. Se você tem um restaurante, por exemplo, precisa dos ingredientes para preparar os pratos. Esses ingredientes, assim como tudo o que compõe a estrutura do seu restaurante, como mesas, forno e panelas, exigem um investimento.
O capital de giro representa a receita necessária para suprir esses gastos imediatos antes que o retorno possa ser observado. Ele pode ser calculado:
- Para iniciar um negócio, indicando quais serão os investimentos iniciais necessários;
- Para manter esse negócio, possibilitando uma avaliação financeira do seu CNPJ, bem como uma análise dos seus bens que podem ser rapidamente convertidos em dinheiro.
Por que o capital de giro é indispensável?
É muito comum que o investimento no capital de giro seja subestimado, uma vez que pode-se pensar que basta utilizar o retorno daquele mês para comprar o que falta para a produção do próximo.
Entretanto, quando deixamos de fazer esse cálculo, perdemos a noção de quanto podemos gastar em materiais brutos e imediatos (novos produtos, melhorias, etc.) e quanto devemos manter reservado para despesas fixas (energia, gás, internet..).
Como consequência, o valor que resta, de fato, ao final de cada mês, passa a ser cada vez menor, à medida que as dívidas se acumulam cada vez mais e os negócios não conseguem mais se manter.
Por isso, é necessário ter total controle do que entra e sai do caixa da sua empresa, para que seu fluxo de caixa livre seja positivo ao final de cada mês.
Conceitos iniciais
Antes de vermos como calcular o capital de giro, devemos entender alguns conceitos fundamentais:
Relatórios contábeis
Informes periódicos com análises de todos os aspectos financeiros de uma empresa. São fundamentais para compreender o estado patrimonial daquele domínio e a possibilidade de novos investimentos, bem como planejar os próximos passos.
Ciclo operacional
Corresponde ao período que um serviço ou mercadoria percorre até o recebimento do valor de sua venda, e envolve todas as atividades do processo. Ele pode ir desde a aquisição da matéria prima e o pagamento do fornecedor, passar pela estocagem e pela venda, e terminar na entrada do dinheiro.
Vale ressaltar que o recebimento não representa, necessariamente, o momento da venda. Se você vende algo no crédito, por exemplo, o ciclo operacional segue contando até o momento em que o dinheiro cai na conta da empresa.
Ciclo financeiro
Corresponde ao período entre eventos financeiros no percurso de um produto. Ou seja, se entre o pagamento do fornecedor (saída) e o recebimento do valor (entrada) existe um período de 30 dias, o ciclo financeiro dura 30 dias.
Esse conceito é fundamental porque representa a necessidade de investimento no capital de giro e o planejamento adequado das transações. O período até o retorno financeiro de um produto não pode prejudicar o andamento daquela empresa.
Vale ressaltar que os ciclos financeiro e operacional se relacionam entre si, com uma relação de interdependência. Por isso, é necessário entender bem suas diferenças e as formas de analisá-los em conjunto.
Como calcular o capital de giro?
Como já falamos, o capital de giro é o resultado de uma subtração. Para realizá-la, precisamos dos seguintes fatores:
- Ativo circulante: são avaliados por sua liquidez, e correspondem aos direitos e bens de uma empresa, bem como valores à receber e estoques.
- Passivo circulante: obrigações da empresa com terceiros, ou seja, dívidas com fornecedores, salários a pagar, impostos, despesas, etc.
Esses fatores são chamados de “circulantes” devido à sua duração até o vencimento, que deve ser inferior a 12 meses.
Portanto, temos:
ATIVO CIRCULANTE – PASSIVO CIRCULANTE = CAPITAL DE GIRO
Como controlar o capital de giro?
- Planejamento: Antes de colocar qualquer método em prática, é necessário planejar com cuidado. Nesse caso, a chave é planejar o capital de giro antes da abertura de sua empresa, para evitar problemas ao longo do caminho.
- Constância: Ainda que seja feito um planejamento inicial, é necessário que ele se mantenha ao longo do tempo, para que você não perca o controle.
- Negociações: Para diminuir o ciclo financeiro de suas vendas, por exemplo, é fundamental que você mantenha uma boa relação com fornecedores e clientes, ao mesmo tempo que saiba negociar com eles.
No caso dos fornecedores, busque descontos para pagamentos à vista ou extensão de prazos. Já para os clientes, procure sempre a melhor forma de receber em tempo hábil, incentivando compras à vista.
- Análise de custos: É importante manter controle dos seus gastos periodicamente, para entender o que pode ser economizado ou se há possibilidade de novos investimentos.
- Empréstimos: Caso sua empresa possua dívidas que não podem ser pagas de imediato, é sempre válido analisar capital de terceiros. Obviamente, é importante ter cuidado com juros e garantias futuras desses processos.
Vamos à prática?
Agora que você já sabe por onde começar, já pode tirar as ideias do papel e calcular o capital de giro da sua empresa, seja para ampliar sua organização ou para começar a planejar seu negócio.
Contudo, sabemos que essa não é uma tarefa fácil. Por isso, a EJFGV possui não só essa, mas diversas outras soluções financeiras para te ajudar durante esse processo!
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